sexta-feira, janeiro 06, 2006

Escrita imaginária – fotografias

Pensara em tirar uma fotografia.
Perpetuar numa imagem a luz que se fazia sentir, o claro daquela manhã num percurso feito a pé.
O frio rosava-lhe a faces e as formas toldam-nas os casacos - pensa enquanto se cruza com os outros, que ecoam na rua num ritmo que sugere o vagar e que mais não é se não sinal de que o frio atrasa o acordar.
Em vez disso, cerra os olhos, inspira o ar que lhe gela o corpo e apaga os cheiros, absorve os sons e afunda ainda mais as mãos nos bolsos.

O frio é inimigo das fotografias…


fica uma foto de outra manha fria. hoje havia alguém assomado aquela janela que, como sempre, se encontra aberta

o Tecto