domingo, janeiro 29, 2006

Como uma pluma

Ouvem-se os passos, só os passos. A gente aperta-se, sem pressas, sem empurrões, numa ordem que só se consegue pela disciplina ou pela apatia.

Milhares de passos de milhares de pessoas. Descemos os degraus, tantos degraus, desde o topo da bancada, literalmente desde as luzes da ribalta até às entranhas dos bastidores.

Na rua recebe-nos o lixo dos preliminares: os restos dos cachorros quentes, dos couratos, da cerveja e algumas bandeirinhas de uso efémero que nos ofereceram à entrada. Chegados ali, vamo-nos apagando como brasas que se separam numa fogueira… É nessa altura que o frio nos assalta que a chuva se torna inclemente. É então que a derrota é mais nossa.

Haja o aconchego de um cachecol, pintado com as nossas cores, sempre ao pescoço, sem vergonha. Para uns como uma cicatriz, para outros como uma pluma.

Hoje tenho uma pluma em casa.

Adufe.pt

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Se todas as pessoas soubessem ser assim, desportistas mesmo na derrota e no azar. Ontem foi na derrota para os da luz, mas sem culpa, pois o adversário foi o melhor. Há mais jogos e a possibilidade de ganhar, para todos. Boa sorte e bom FDS.

domingo jan. 29, 12:05:00 da tarde GMT  
Blogger Rui MCB said...

Ficou muito bem plagiado, sim senhor :-)

domingo jan. 29, 12:19:00 da tarde GMT  

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