sábado, janeiro 21, 2006

SIGO ESSA ESTRADA

Que me foi preparada
não escolhida
vejo no horizonte nada
talvez o fim da picada.

Da hipocrisia do mundo
folhas caídas em secura
árvores que morrendo em pé
desabam no húmus da terra,
nascendo nova viçosa verdura.

Definho à medida que encontro
desencontro de vida árida e caleira
dos mais vis e obscuros cultos
gente que em bravura valoriza
vida que nos é imposta sem ternura.

Das regras faço o meu espanto e pranto
minha rebeldia, fica o extremo que canso
que poderei ainda fazer e ao meu alcanço
baixo os braços e torce as pernas como um ganso.

Mais baixo não vai, porque o mundo não importa!
O que importa é a estrada traçada nem opinada
falésia e rochedo que a pique nos leva
olhar o mar que nos ampara e nos segura
descida vertiginosa e impura.
Mateus Gouveia
17/01/06

In mente

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Zeak, a estrada que sigo e bem planeada no Plagiadíssimo fica mais ordenada. Obrigado e um abraço.

domingo jan. 22, 01:48:00 da tarde GMT  

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