sexta-feira, dezembro 16, 2005

Palavra-barco

Era uma vez, uma palavra-barco que navegava no oceano à procura da palavra-beijo. Tinham-se conhecido pela mão do Eugénio de Andrade há uns anos e desde então que não se viam...
A palavra-barco atravessou o mar da indiferença e o oceano do desprezo. A palavra-beijo saltava de boca em boca, de boca em mão. Faltava ainda muito até se reencontrarem.
Entretanto, a palavra-barco chegou às fossas marinhas da paixão e ancorou no porto do amor durante uns dias. A palavra-beijo deixou-se ir num aerograma para descansar.
Quando já não havia esperança, chegou um homem e entregou o saco do correio num pequeno barco parado no cais da poesia. O saco caído no chão deixou antever um envelope...
O resto da estória nem é preciso contá-la. Tu já sabes o resto :)

AMORIZADE

1 Comments:

Blogger armando s. sousa said...

Gostei de ler!
Obrigado pelo tempo de antena.
Aparece sempre!
Aquele abraço sincero.

sexta dez. 16, 12:40:00 da manhã GMT  

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