O homem das castanhas
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A diagonal que traço, ao atravessar a praça, força-me a passar bem perto dele. Dois humanos ainda que estranhos, num mesmo espaço, obriga a um contacto ou a um forte constrangimento. O tipo de constrangimento que me assalta quase diariamente no elevador, sempre que subo ou desço com outrém. Os olhos que se evitam, o tempo que demora.
Apesar de não ter vontade nenhuma dou por mim a pedir uma dúzia de castanhas. Dois euros, diz ele. E acrescenta, faz cá um frio...Fruta da época, respondo.
Meia dúzia de banalidades e uma dúzia de castanhas, num cartucho de páginas amarelas, comidas a contragosto ao exorbitante preço de dois euros – eis o preço da civilidade.
O Farol das Artes
4 Comments:
:-)
Se hoje fosse plagiar, elegia este. Mas olha, que o meu não lhe fica atrás.
Zeak dá lá uma espreitadela e decide.
Bom "post" este.
PARA NÃO SERES ENCAVACADO:
DIA 22, USA A MEMÓRIA, A INTELIGÊNCIA E ATÉ UM POUCO DE PUDOR.
O PAI NATAL NÃO EXISTE, MAS, CASO EXISTISSE, VESTIA DE VERMELHO, TINHA BARBAS E SABIA RIR!!!
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