Os Plágios e Copiar nos exames
Achei interessante observar que o DN dedica hoje uma grande parte das suas notícias da secção “sociedade” às fraudes e copianços nos exames.
E achei interessante pela coincidência de estar agora outra vez na berlinda, aqui na blogosfera, a história dos plágios ou “distracções”, ou como lhe queiram chamar. O tema é delicado. A verdade é que quem lê muito ( e já agora tenha muito boa memória, também ) pode, de um modo muito inocente, fixar alguma coisa que o interessou e depois ao escrever reproduzir essas ideias. Eu sei lá se não o tenho feito… Mas, como coisa que não tenho é boa memória, por mim nunca reproduziria ipsis verbis o que li, era incapaz de me lembrar. Acredito contudo que isso possa acontecer. Tive um colega que decorou depois de uma discussão com um professor, uma sebenta, palavra por palavra. E para ele não foi um feito do outro mundo!
O que já é estranho, é que quando confrontado com essa coincidência, não se arranje uma desculpa ( nem a tal, esfarrapada, da Clara Pinto Correia, mas que era uma desculpa ) e se negue o óbvio: que aquilo que se está a dizer foi já dito pelas mesmíssimas palavras por outra pessoa.
Nos exames, a história é outra. Pouca gente se pode gabar de uma vez por outra não ter copiado: uma olhadela para o papel do colega de carteira, um cochicho com um amigo, desde aquela artilharia mais pesada das cábulas em papel de mortalha antigamente, às sofisticadas de telemóveis e outras coisas que tais , que se usam na actualidade.
Claro que se levantam problemas deontológicos. E é curioso que, pelo que se lê, a faculdade onde se usou um “código de honra” e os alunos se comprometeram a não copiar foi onde isso menos se verificou. Afinal os valores morais estão lá, desde que se saiba apelar para eles. Porque se aceitamos que a avaliação dos conhecimentos vai ser feita através dessas provas, o uso habitual da fraude significa que as tais provas não têm o menor valor. Donde as pessoas avaliadas não têm os conhecimentos que deveriam ter. Donde no futuro serão maus profissionais. Donde não é a fraude em si que está bem ou mal, é a confiança que se pode depositar em profissionais que o não são. Quando se está na escola ou faculdade pode ser uma brincadeira, mas imaginem que todos faziam o mesmo…? Ou então, invente-se outro modo de avaliação – e se calhar seria essa a melhor solução.
ML
Pópulo
E achei interessante pela coincidência de estar agora outra vez na berlinda, aqui na blogosfera, a história dos plágios ou “distracções”, ou como lhe queiram chamar. O tema é delicado. A verdade é que quem lê muito ( e já agora tenha muito boa memória, também ) pode, de um modo muito inocente, fixar alguma coisa que o interessou e depois ao escrever reproduzir essas ideias. Eu sei lá se não o tenho feito… Mas, como coisa que não tenho é boa memória, por mim nunca reproduziria ipsis verbis o que li, era incapaz de me lembrar. Acredito contudo que isso possa acontecer. Tive um colega que decorou depois de uma discussão com um professor, uma sebenta, palavra por palavra. E para ele não foi um feito do outro mundo!
O que já é estranho, é que quando confrontado com essa coincidência, não se arranje uma desculpa ( nem a tal, esfarrapada, da Clara Pinto Correia, mas que era uma desculpa ) e se negue o óbvio: que aquilo que se está a dizer foi já dito pelas mesmíssimas palavras por outra pessoa.
Nos exames, a história é outra. Pouca gente se pode gabar de uma vez por outra não ter copiado: uma olhadela para o papel do colega de carteira, um cochicho com um amigo, desde aquela artilharia mais pesada das cábulas em papel de mortalha antigamente, às sofisticadas de telemóveis e outras coisas que tais , que se usam na actualidade.
Claro que se levantam problemas deontológicos. E é curioso que, pelo que se lê, a faculdade onde se usou um “código de honra” e os alunos se comprometeram a não copiar foi onde isso menos se verificou. Afinal os valores morais estão lá, desde que se saiba apelar para eles. Porque se aceitamos que a avaliação dos conhecimentos vai ser feita através dessas provas, o uso habitual da fraude significa que as tais provas não têm o menor valor. Donde as pessoas avaliadas não têm os conhecimentos que deveriam ter. Donde no futuro serão maus profissionais. Donde não é a fraude em si que está bem ou mal, é a confiança que se pode depositar em profissionais que o não são. Quando se está na escola ou faculdade pode ser uma brincadeira, mas imaginem que todos faziam o mesmo…? Ou então, invente-se outro modo de avaliação – e se calhar seria essa a melhor solução.
ML
Pópulo
1 Comments:
uma muito interessante idéia de um blog. vou voltar, claro.
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