sábado, janeiro 21, 2006

a prenda inesperada

O POST QUE EU HESITEI EM COLOCAR:
Deve ter sido entre as 8 e as 9 da manhã do dia 19 de Janeiro de 2006.Estava deitado sobre o meu lado esquerdo, tapado até ao pescoço, no quentinho do edredon.
Comecei por sentir passos no quarto, a aproximarem-se da cama. Senti um arrepeio, e todo o corpo foi percorrido por uma espécie de formigueiro, dos pés à cabeça
.Um pouquinho de medo surgiu, mas rapidamente o controlei. Deixei-me ficar, na mesma posição, sem me mexer, e aguardei, esperando, simplesmente.
Então, senti que, por detrás de mim, o colchão baixou como se alguém se tivesse sentado na cama. Uma mão pousou sobre o meu ombro direito, enquanto que um corpo se debruçava sobre mim. Senti-o perfeitamente, sem qualquer espécie de medo. Não conseguia ver-lhe a cara.
Procurei mover-me, mas nenhum músculo obedecia.
Então, senti quem era. Não lhe ouvi qualquer palavra. Nenhum som. Só eu, possuído duma alegria interior, pronunciava coisas como "gosto de ti, gosto de ti"...
Depois, procurei falar, gritar para que alguém me ouvisse dizer que "ela" estava ali comigo... Procurei mover as pernas, mas nem um pequeno movimento consegui. As palavras pareciam sair da minha boca, mas... sem som. Ninguém me ouvia.
Então, deixei-me ficar. Numa paz, num bem-estar, numa tranquilidade total. Completamente imóvel, com aquele corpo debruçado sobre mim, sentia-me plenamente bem. Sem pronunciar uma palavra, sem emitir qualquer som, aquela presença transmitia-me uma sensação de bem-estar indescritível.
Fiquei ali com ela não sei quanto tempo.
Depois, a sua mão deixou-me o ombro, senti que se levantava da cama, e senti-lhe os passos a afastarem-se.... E a minha mãe foi-se, calmamente, na mesma paz, no mesmo silêncio. E eu pude mover o corpo, outra vez, e voltar-me na cama.

Escrevo isto, poucas horas depois de ter acontecido. Passou-se exactamente assim! No instante em que aquela presença se debruçou sobre mim, eu senti imediatamente que era a minha mãe.
Que me lembre, nunca sonhei com ela, e ela já faleceu há muitos anos...

Foi simplesmente um sonho, aquilo que se passou?...
O que posso afirmar é que tudo pareceu tão natural, tão real, que me apressei a vir transcrevê-lo, antes que esquecesse algum detalhe!...

laramablog

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

É uma honra para mim ser a 1ª pessoa a comentar este teu post; acredito, já senti parecido, e... tenho tantas saudades do meu paizinho:(((
Obrigada pela tua visita, e se eu demorar a aparecer por cá nao é por esquecimento, é que o tempo para mim foje tanto... (Se quizeres dar uma voltinha pelo meu já fechado //acordomar.sapo.pt - tlvz gostes. Deixo-te um grande beijinho e desejo-te um bom Domingo ;*** voltarei

domingo jan. 22, 01:36:00 da manhã GMT  
Blogger R.O said...

leia aqui um ponto-de-vista sobre as eleições dia 22, os politicos mentirosos...
http://r-oculta.blogspot.com

domingo jan. 22, 07:27:00 da manhã GMT  
Blogger Rosario Andrade said...

Ola Zeak!
A nossa mente é um artefacto extraordinário... muitas vezes colmata as nossas ausências com lenitivos assim. Mas claro, esta é a opiniao de uma pessoa que nao tem deuses...
A verdade é que os nossos ente queridos continuam vivos em nós, na nossa memória, nos nossos sentimetnos, e a sua "presença" torna-se evidente quando mais necessitamos... também já me aconteceu.
Belo relato!...
Abracicos!

domingo jan. 22, 11:56:00 da manhã GMT  
Anonymous Anónimo said...

Zeak, o nosso subconsciente trabalha enquanto nós dormimos e essas coisas acontecem. Já aconteceu comigo algumas coisas que depois vim a verificar ter tido essa percepção enquanto dormia. Um abraço.

domingo jan. 22, 03:05:00 da tarde GMT  
Blogger Sputnik said...

cá está um bom post cheio de sentimentos, custa bastante perdermos um ente querido e por vezes quando dormimos o nosso subconsciente trás para nós as pessoas que nós amamos e que temos saudades...já platão o dizia;)beijos

domingo jan. 22, 04:16:00 da tarde GMT  

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