quarta-feira, janeiro 11, 2006

Restauração

Se eu fosse o outro,
eternizado em tons de vermelho e amarelo,
angústia dividida em tantas partes
e boinas redondas,
podia-te contar eu guardador de sonhos.

Se eu fosse o outro
o delicado e bêbado génio de nós todos,
o que amou estranho e sabia dizer
coisas enormes numa pequena língua
e fraco império,
se eu fosse aquele inteiro
ditado de exageros e exclusões,
falava-te de tudo em espanhóis versos.

O mesmo se não foi ele quem disse
(e podia até ser, que eram amigo
se o século a nascer arrepiava como já não
o fim) há razão nessa história de pilar
e do tédio a escorrer de um
para o outro.

O Micróbio