Buraco Negro
Fotografia: Sónia Guerreiro – Silenciosamente só
Há sempre um resto
De noite no caminho,
Que se abate,
Em névoa, a cada nova madrugada.
Há sempre um resto de enfado
Forçoso que se imola, suicida,
No reparo da alvorada.
Há sempre detritos
De sonhos em cada página,
Que se varrem
Antes do parto, no nada.
Há sempre lixo, do antes, na via
Alegre do hoje sentido.
Há sempre restos de mim
Por toda a pátria
De sonhos não visitada.
E há sempre em mim um vazio,
Buraco negro agoirento
Do sonho que não foi vivido.
NimbyPolis
Há sempre um resto
De noite no caminho,
Que se abate,
Em névoa, a cada nova madrugada.
Há sempre um resto de enfado
Forçoso que se imola, suicida,
No reparo da alvorada.
Há sempre detritos
De sonhos em cada página,
Que se varrem
Antes do parto, no nada.
Há sempre lixo, do antes, na via
Alegre do hoje sentido.
Há sempre restos de mim
Por toda a pátria
De sonhos não visitada.
E há sempre em mim um vazio,
Buraco negro agoirento
Do sonho que não foi vivido.
NimbyPolis
3 Comments:
Muito bonito.
Principalmente a parte final do poema.
Beijo
Obrigado pelo destaque.
Abraço e boa Páscoa.
Poema excelente. Foto também: de onde é ela? Linhas de Torres?
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